A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) a cada 45 dias, com base em diversos indicadores econômicos, como a inflação, o crescimento do PIB, o câmbio, entre outros. A Selic influencia todas as outras taxas de juros do país, como as taxas de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.
Na última quarta-feira, o Copom decidiu reduzir a Selic de 13,75% ao ano para 13,25% ao ano, na primeira queda desde julho de 2022. Essa decisão foi motivada pela melhora das expectativas de inflação para 2023 e 2024, que se aproximaram das metas estabelecidas pelo CMN. Além disso, o Copom considerou que a recuperação da economia brasileira ainda é lenta e incerta, diante dos impactos da pandemia de Covid-19 e das incertezas fiscais e políticas.
A redução da Selic tem efeitos positivos e negativos para a economia e os investimentos. Por um lado, ela pode favorecer o crescimento econômico, ao tornar o crédito mais barato e acessível para as famílias e as empresas. Isso pode estimular o consumo, o investimento produtivo, a geração de emprego e renda e a arrecadação de impostos. Por outro lado, ela pode reduzir a atratividade dos investimentos em renda fixa, que são aqueles que têm uma rentabilidade previsível e segura. Isso pode levar os investidores a buscar outras alternativas mais rentáveis e arriscadas, como a renda variável (ações, fundos imobiliários, etc.) ou o mercado externo.
Para os investidores que querem manter ou aumentar sua exposição à renda fixa, é importante estar atento às diferentes modalidades de investimento disponíveis no mercado. Algumas delas são:
- Tesouro Direto: é um programa do governo federal que permite ao investidor comprar títulos públicos pela internet. Existem três tipos principais de títulos: prefixados (que têm uma taxa de juros fixa no momento da compra), pós-fixados (que têm uma rentabilidade atrelada à Selic ou ao IPCA) e híbridos (que combinam uma taxa fixa com uma variação do IPCA). O Tesouro Direto oferece liquidez diária (possibilidade de resgate antes do vencimento) e baixo risco de crédito (risco de calote do emissor). No entanto, há riscos de mercado (variação dos preços dos títulos) e tributários (incidência de Imposto de Renda regressivo sobre os rendimentos).
- CDB: é um Certificado de Depósito Bancário emitido por bancos para captar recursos dos investidores. O CDB pode ser prefixado, pós-fixado ou híbrido, dependendo da instituição emissora. O CDB tem como garantia o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ por instituição financeira em caso de falência do banco. O CDB também está sujeito ao Imposto de Renda regressivo sobre os rendimentos.
- LCI/LCA: são Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio emitidas por bancos para financiar esses setores da economia. A LCI/LCA pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida, dependendo da instituição emissora. A LCI/LCA também tem a garantia do FGC, mas tem como vantagem a isenção de Imposto de Renda sobre os rendimentos para pessoas físicas.
- Fundos de Renda Fixa: são fundos de investimento que aplicam em diversos ativos de renda fixa, como títulos públicos, CDBs, LCIs, LCAs, debêntures, etc. Os fundos de renda fixa podem ter diferentes estratégias, riscos e rentabilidades, dependendo da gestão e da carteira do fundo. Os fundos de renda fixa estão sujeitos à taxa de administração (cobrada pelo gestor do fundo) e ao Imposto de Renda regressivo sobre os rendimentos. Alguns fundos também podem cobrar taxa de performance (percentual sobre o que o fundo rendeu acima de um indicador de referência).
A escolha do melhor investimento em renda fixa depende do perfil, dos objetivos e do prazo do investidor. De forma geral, quanto maior o prazo e o risco do investimento, maior tende a ser a rentabilidade oferecida. Por isso, é importante comparar as diferentes opções disponíveis no mercado, considerando as taxas, os prazos, os riscos e as garantias de cada uma.
A redução da Selic é um fator relevante para a economia e os investimentos, mas não é o único. É preciso acompanhar também outros indicadores econômicos, como o PIB, o câmbio, a inflação, o desemprego, o déficit público, etc. Além disso, é preciso estar atento aos cenários nacional e internacional, que podem trazer oportunidades e desafios para os investidores. Por fim, é preciso ter uma estratégia de investimento bem definida e diversificada, que leve em conta as características pessoais e financeiras de cada investidor.
Espero que este post tenha sido útil para você entender melhor o que é a taxa Selic e como ela afeta sua vida e seus investimentos.
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